Entidades e a CGU querem Ficha Limpa para nomeações do
segundo escalão
PUBLICAÇÃO: 20.02.2012
A aprovação da Ficha Limpa para as eleições de 2012
impulsionou grupos como o Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE) a
pressionar para que a regra não fique restrita aos cargos eletivos, mas também
às nomeações para o segundo escalão. A ideia é exigir dos candidatos a prefeito
em outubro que estendam a exigência de probidade para todas as instâncias da
máquina pública municipal. “Não adianta um prefeito ter a ficha limpa se ele
monta seu secretariado com correligionários que tenham a ficha suja. O mesmo
vale na esfera federal; se o presidente tem que ter a ficha limpa, seus
ministros também devem ser escolhidos com base nesse critério”, afirma Marcelo
Laverne, do MCCE.
No governo federal, o assunto já está em debate desde
outubro. A iniciativa é da Controladoria-Geral da União (CGU), que dialoga com
a Casa Civil, Ministério da Justiça, Secretaria de Relações Institucionais
(SRI) e Advocacia-Geral da União (AGU) para a elaboração de um decreto
presidencial para reger essa questão. Uma das sugestões do ministro-chefe da
Controladoria-Geral da União, Jorge Hage, é de que sócios-dirigentes ou
administradores de empresas consideradas inidôneas não possam ser indicados
para cargos na máquina federal.
Os partidos também foram obrigados a adaptarem-se aos novos
tempos. Eles terão de refazer seus planejamentos, replanejar os apoios
eleitorais e a política de atração de filiados para concorrer nas eleições de
outubro. Tudo isso deverá estar pronto até junho, quando iniciam as convenções
partidárias para a definição dos candidatos a vereador e prefeito em todo o
país.
POSTADO POR ROBSON PIRES