quinta-feira, 12 de janeiro de 2012


"Privilégios corporativos e benefícios imorais"


Do editorial do jornal "O Estado de S. Paulo" na edição desta quinta-feira (12/1), sob o título  "O CNJ e seus críticos":
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Quando o CNJ começou a investigar essas irregularidades, inclusive o pagamento de licenças-prêmio no período em que alguns desembargadores nem sequer pertenciam aos quadros da magistratura, entidades de juízes e dirigentes das Justiças estaduais --com apoio de ministros do Supremo Tribunal Federal-- acusaram o órgão responsável pelo controle externo do Judiciário de promover "patrulhamento ideológico" e de agir "como no tempo da ditadura". A artilharia mais pesada foi disparada pelo ministro Marco Aurélio Mello.

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Na defesa de seus interesses corporativos, os dirigentes das Justiças estaduais abriram guerra contra o CNJ e, desde o início, ficou claro que quem realmente tinha munição --sob a forma de autoridade, credibilidade e realizações-- era o órgão responsável pelo controle externo do Judiciário. Na falta de argumentos para justificar privilégios corporativos e benefícios imorais, ainda que legais, não restaram aos críticos do CNJ outras armas a não ser ameaças e sofismas.

POSTADO NA FOLHA.COM POR FREDERICO VASCONCELOS
Frederico VasconcelosFrederico Vasconcelos, 66, é repórter especial da Folha. Nasceu em Olinda (PE) e é formado em jornalismo pela Universidade Católica de Pernambuco.