quinta-feira, 26 de janeiro de 2012


OPERAÇÃO IMPACTO
Acusados recorrem ao Tribunal de Justiça

PUBLICAÇÃO: 26.001.2012

O desembargador Rafael Godeiro alegou suspeição para não julgar o habeas corpus impetrado pelo ex-vereador Geraldo Neto, condenado na Operação Impacto. O desembargador alegou "motivo de foro íntimo". O processo agora retorna para a distribuição do Tribunal de Justiça. O advogado de Geraldo Neto justifica no pedido judicial que "face constrangimento ilegal por prisão preventiva decretada em desobediência" ao Código de Processo Penal deve ser expedido o alvará de soltura para que o réu responda em liberdade até o trânsito em julgado.

O ex-vereador Geraldo Neto é um dos 16 condenados no processo da Operação Impacto. A sentença foi proferida na última segunda-feira pelo juiz Raimundo Carlyle. Cinco vereadores e outros sete ex-vereadores da cidade de Natal foram condenados pela Justiça do Rio Grande do Norte. Eles foram punidos por corrupção passiva. Além dos políticos outras quatro pessoas, sendo um empresário do setor imobiliário e três assessores parlamentares, também figuram na lista de condenados.

O grupo é acusado de integrar um esquema de corrupção na Câmara Municipal de Natal no ano de 2007, que teria tentado subornar parlamentares a votarem contra vetos feitos ao projeto do Plano Diretor de Natal pelo então prefeito Carlos Eduardo (PDT).

 Após cinco anos de tramitação na Justiça, a condenação ocorre em primeira instância, com penas de perda de mandato, pagamento de multa e reclusão, que varia de cinco anos a sete anos e nove meses. As maiores penas foram aplicadas ao ex-vereador Emilson Medeiros, que foi apontado como o chefe do esquema. Ele fazia a ligação entre os parlamentares e os empresários que tinham interesse em derrubar o veto ao projeto.

POSTADO PELA TRIBUNA DO NORTE