sábado, 14 de janeiro de 2012


Leitor quer investigação das caixas-pretas do Judiciário

PUBLICAÇÃO: 14.01.2012

LEITOR MARINO HÉLIO NARDI
DE ASSIS (SP)


Quando alguém da envergadura da ministra Eliana Calmon, corregedora do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), se convence e revela movimentações atípicas nas contas bancárias de agentes dos nossos tribunais, tais revelações só serão digeridas pela sociedade se confirmadas sua legalidade através de investigação.

Se só agora, pela ação do CNJ, surge a revelação dessas movimentações "atípicas", podemos pensar que elas estivessem em caixas-pretas suspeitas, a saber:
1ª - Ao que se saiba, os bancos não informaram ao Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) essas movimentações;
2ª - Se houve essa comunicação, não se sabe de qualquer iniciativa para que os fatos informados fossem esclarecidos;
3ª - Se, segundo a matéria da Folha (Coaf aponta operações atípicas de R$ 855 mi de juízes e servidores ) esta constatação não sugere que há algo a ser investigado, não é possível imaginar que tipo de evidência merece investigação.
As caixas-pretas são essenciais para a elucidação de muitas dúvidas. E se há caixas-pretas no Judiciário, que elas sejam abertas e que se revele o seu teor para que seja feita justiça.

A ministra do STJ (Superior Tribunal de Justiça) Eliana Calmon, atual corregedora do CNJ
A ministra do STJ (Superior Tribunal de Justiça) Eliana Calmon, atual corregedora do CNJ
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