terça-feira, 16 de março de 2010

Felipe Maia usa tribuna da câmara dos deputados e critica Wilma de Faria


Felipe Maia usa tribuna da câmara dos deputados e critica Wilma de Faria

PUBLICAÇÃO: 16.03.2010

O deputado federal Felipe Maia (DEM) ocupou a tribuna da Câmara dos Deputados, nesta segunda-feira (15), para lembrar as perdas que o Rio Grande do Norte sofreu nos últimos anos, tais como a paralisação das obras da Alcanorte e a refinaria da Petrobras. O deputado ainda cobrou ações eficazes dos governos federal e estadual para retomar o crescimento da região.

Em seu discurso, o parlamentar sugeriu a retomada do projeto da Alcanorte que está parado há mais de trinta anos e pode impulsionar a economia do estado. Hoje o mercado interno importa a barrilha -matéria-prima usada na produção de vidro, tintas e sabão- de países como China, Rússia e Índia. Segundo Felipe Maia, o governo federal, por meio da Petrobras, deveria se associar ao projeto da Alcanorte para retomar a construção da planta de produção da barrilha. “A fábrica da Alcanorte seria capaz de produzir trezentas mil toneladas de barrilha por ano, quase metade do que o Brasil consome. Imagine a quantidade de empregos que estamos exportando, simplesmente porque a obra da fábrica foi paralisada”, lamentou o deputado.

Felipe Maia enfatizou que os potiguares ouviram inúmeras promessas de obras estruturantes e investimento maciço no estado. No entanto, a população ainda aguarda as ações prometidas pelo governo federal. “O RN andou para trás nos últimos sete anos, principalmente no que se refere à qualidade dos serviços públicos essenciais, como saúde e educação, e a atração de grandes projetos privados ou públicos para o estado. Por descaso do governo perdemos a refinaria de petróleo para Pernambuco e a construção do aeroporto de São Gonçalo do Amarante anda a passos lentos”, ressaltou.

O deputado apresentou dados do Sistema Integrado de Administração Financeira do Ministério do Planejamento (Siafi), que apontou o investimento feito pelo setor público em obras do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) no estado. Dos R$ 9 bilhões anunciados pelo governo federal, apenas R$ 610 milhões foram aplicados, ou seja, 6,7% do prometido. “Como chamar de parceria uma relação em que um dos lados é o eterno perdedor? E pior, transferindo a conta das perdas para a população, comprometendo o presente e o futuro do Rio Grande do Norte”, disse.