domingo, 1 de novembro de 2009

SUCESSÃO FEDERAL E ESTADUAL...

Sucessão federal e estadual: o eleitor votará pelo "fulanismo" ou buscará candidato de confiança?

01 de Novembro de 2009

Agnelo Alves

O que pesará para o eleitor brasileiro decidir o seu voto para eleger o próximo presidente da República?

a) O apoio do presidente Lula a um candidato?

b) Um candidato de oposição ao Governo Lula?

c) Um candidato que inspire confiança para uma plataforma de reformas políticas?

Todas as pesquisas divulgadas, até agora, para presidente da República são omissas quanto aos anseios da sociedade brasileira, para se fixarem, unicamente, às preferências do eleitorado quanto aos nomes nas vitrines como possíveis candidatos.

No Rio Grande do Norte

No tocante ao Governo do Rio Grande do Norte, até mesmo uma pergunta que seria a tradicional, Governo versus Oposição, não tem sido feita pelos pesquisadores. A razão é que todas as pesquisas divulgadas até hoje – e há muito tempo deixaram de ser divulgadas – são custeadas pelos candidatos e os que podem pagar não têm interesses na divulgação porque os resultados, certamente, lhes são desfavoráveis.

1) O modelo Wilma de Faria deverá ser reformado, mudado ou mantido?

2) Quais as áreas governamentais que precisam de uma intervenção positiva, integral , do Governo do Estado? Partindo da:

a) Segurança Pública;

b) Educação;

c) Saúde.

3) Os nomes postos na mídia são capazes de empolgar a sociedade norte-riograndense, comprometidos para um programa amplo de reformas que passam pela política e chegam à gestão pública?Quem?

Plebiscito

O presidente Lula deseja que a sucessão presidencial em 2010 seja colocada de maneira plebiscitária, se o apoio ao seu Governo ou de oposição. Tudo nos fatos políticos transpiram para frustração do seu objetivo, a partir do número de candidatos, sugestivo de um segundo turno. E aí, sim, se os dois candidatos mais votados forem um da oposição e outro do Governo, poderá ocorrer o modelo plebiscito, “Governo versus Oposição”.

Temos aí, entretanto, dois pré-candidatos utopicamente pela oposição, José Serra, governador de São Paulo e Aécio Neves, governador de Minas Gerais. Já não há como se caracterizar qualquer um dos dois como candidatos oposicionistas. Digamos, meia oposição.

Ressalte-se mais que na área governista há dois pré-candidatos dentro da faixa governamental sujeitos à indicação por Lula: a ministra Dilma Rousseff, já caracterizada como preferencial e Ciro Gomes, do PSB. Correndo por fora, também a pré-candidata Marina Silva, que deixou o PT e ingressou no PV para ser candidata, embora exista a possibilidade de vir a colocar-se com o PSOL da também pré-candidata. Ambas com o que na vida artística tem o nome de “Carreira Solo”.

Situação curiosa

No Rio Grande do Norte, algumas curiosidades ainda não despertaram a atenção da sociedade eleitora, partindo de uma constatação que ocorre pela primeira vez na história política do Estado, tendo a sucessão governamental como tema central:

1) Nenhum candidato da “Base” declarou de público que deseja continuar o Governo Wilma de Faria.

2) Também a candidata da oposição, que não é oposição, não diz que vai fazer um governo oposto ao Governo Wilma de Faria.

As perdas do Rio Grande do Norte

O Rio Grande do Norte perdeu todas as reivindicações que fez nos últimos oito anos, apesar da governadora Wilma de Faria ser recebida todas as vezes que vai a Brasília pelo presidente e, não raro, publicar fotografias das audiências.

O Rio Grande do Norte teve ainda o senador Garibaldi Filho na presidência do Congresso Nacional por mais de um ano, ocupando o terceiro lugar na hierarquia institucional para substituir o presidente da República.

Atualmente, tem um líder do PMDB na Câmara Federal, o político de maior prestígio do Estado junto ao presidente Lula, pessoalmente e ao Governo Federal no seu todo. Mesmo assim, o Rio Grande do Norte coleciona somente perdas, a saber:

1) A Refinaria de Petróleo para Pernambuco;

2) A Transnordestina para todos os estados do Nordeste;

3) O Polo de PVC para o Estado do Rio de Janeiro;

4) Uma usina de experimento do Biodisel para Minas Gerais, Bahia e Ceará;

E ainda não ganhou o aeroporto de São Gonçalo, enquanto Pernambuco já ampliou e modernizou o seu, o Ceará também e a Bahia idem.

E no tocante ao que chama de Refinaria Clara Camarão, comete-se o seu maior engodo, pois não acrescenta-se nenhum segmento aos que já tem, desde dez anos passados.

Dilma ou Ciro?

No plano federal, permanece a dúvida apesar do PMDB já ter fechado um pré-acordo de apoio à candidatura Dilma Rousseff. Ciro, por sua vez, conta com o apoio do seu partido, o PSB. Mas Ciro espera pelo próximo IBOPE, tendo como opção o Governo de São Paulo.

Um quadro então diferente para 2014: Lula, candidato ao retorno para a Presidência da República, onde espera colher a Copa do Mundo, logo no ano de sua eleição, o começo do lucro do pré-sal, em 2015 e as olimpíadas de 2016, no Rio de Janeiro, três grandes eventos que começam a ser plantados no seu atual Governo, enquanto Ciro estará montado na segunda economia do país, o Governo de São Paulo.

A política comporta até milagres.