quinta-feira, 26 de novembro de 2009

PT NA PROXIMA ELEIÇÃO DIZ QUE NÃO USARAR SAPATO ALTO...




José Eduardo Dutra Presidente eleito do PT diz que partido vai vencer em 2010 sem ‘sapato alto’



José Eduardo Dutra disse que partido agora tem projeto para apresentar.
Ex-senador está matematicamente eleito para comandar o PT ano que vem.

O ex-senador José Eduardo Dutra, matematicamente eleito para a presidência nacional do PT, disse que o partido vai vencer as eleições presidenciais de 2010 sem “sapato alto”. Segundo ele, o partido tem agora uma proposta concreta de governo para apresentar aos eleitores, após quase oito anos de governo Lula.


“Em 2002, nós tínhamos apenas um projeto de expectativas e esperanças para apresentar. Vamos conclamar a população a comparar os dois projetos. Eles [os eleitores] conhecem o projeto do governo Fernando Henrique Cardoso e conhecem esses oito anos do governo Lula. Temos a convicção de [que vamos] ganhar as eleições, sem sapato alto”, afirmou Dutra.

O ex-senador venceu as eleições do partido embora a apuração não tenha ainda terminado. Na última parcial divulgada, Dutra tinha mais de 236 mil votos, o que representava 57,9% de todos os votos já apurados. O ex-senador só deve assumir o cargo oficialmente em fevereiro do ano que vem, durante o congresso nacional do partido.



Dutra disse que o PT vai continuar as negociações para manter todos os partidos da base aliada do governo Lula juntos em torno da candidatura da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff. “Estamos trabalhando no sentido de garantir para o palanque da nossa candidata a base do presidente Lula. Mas é lógico que a política de alianças depende de outros partidos. Mas nossa política de aliança independe de quem vai ser o candidato do outro lado”, salientou.

Ele participou na manhã desta quarta-feira de uma reunião com a cúpula do PMDB para discutir as alianças estaduais entre os dois partidos, mas segundo ele e o atual presidente do PT, deputado Ricardo Berzoini (PT-SP), o encontro serviu apenas para reafirmar o desejo dos dois partidos de aprofundar o diálogo para resolver entraves para a união das duas siglas em alguns estados.

Em 2002, nós tínhamos apenas um projeto de expectativas e esperanças para apresentar. Vamos conclamar a população a comparar os dois projetos. Eles [os eleitores] conhecem o projeto do governo Fernando Henrique Cardoso e conhecem esses oito anos do governo Lula. Temos a convicção de [que vamos] ganhar as eleições, sem sapato alto" Ele evitou analisar qual candidato do PSDB representaria "menos perigo" à candidatura de Dilma. Segundo ele, “não cabe ao PT escolher o adversário”. “É indiferente o candidato da oposição. Temos consciência que não vai ser eleição fácil”, disse.


Questionado se Dilma deveria deixar o governo antes do prazo formal de desincompatibilização para disputar as eleições, Dutra disse que pessoalmente não vê a necessidade. “Isso ainda vai ser debatido dentro do governo, mas eu pessoalmente acho que ela devia permanecer no cargo até o prazo final de desincompatibilização”, disse.


O prazo para que membros do Executivo deixem seus cargos para disputar as eleições é 3 de abril. Há setores do PT que defendem que Dilma saia do governo antes para colocar a candidatura na rua de vez.

Estados

Segundo Dutra, PT e PMDB não devem mais centrar esforços por um acordo no Mato Grosso do Sul e na Bahia. “Nesses dois estados devemos ter dois palanques”, disse.

Ele avalia que no Pará e no Ceará há espaço para negociação entre petistas e peemedebistas, mas isso ainda levará tempo para uma solução. Em Minas Gerais, a situação é ainda mais complicada porque os dois partidos têm disputas internas para a indicação de candidato ao governo do estado. Contudo, ele não descarta a possibilidade de aliança entre PT e PMDB.

No Rio de Janeiro, Dutra também vê possibilidade de acordo entre os dois partidos, mesmo com a insistência do prefeito de Nova Iguaçu (RJ), Lindberg Farias, em lançar uma candidatura petista contra o projeto de reeleição do governador peemedebista Sérgio Cabral.