sábado, 23 de janeiro de 2010

Um Clima muito pesado...


Secretario de Comunicação do Governo RN
Jornalista Rubens Lemos Filho "Rubinho".

Clima entre o secretário Rubens Lemos e "Doutor Iberê" é dos piores no governo Wilma

Publicação:23.01.2010

Há dias que o nome do secretário de Comunicação, Rubens Lemos Filho, vem sendo apontado como um dos auxiliares do governo que ficarão fora com a chegada do futuro governador Iberê Ferreira de Souza, que assumirá no dia 3 de abril. Com a desincompatibilização da governadora Wilma de Faria, que irá disputar uma vaga no Senado.
Em meio ao que não se passavam de especulações, o governadorável Iberê Ferreira declara, em entrevista à Rádio Caicó, que o secretário havia pedido para sair.
E no meio desse ‘pediu ou não pediu’ que rola pelas páginas impressas e eletrônicas, ouvi o jornalista sobre o assunto.
Thaisa Galvão - Nessa polêmica sobre sua saída do governo, você disse, ou não disse a Iberê, que não permaneceria no cargo de Secretário de Comunicação quando ele assumisse?
Rubens Lemos
- Thaísa, eu tenho 21 anos de janela como se diz no popular. Não sou mais nenhum babaca. E nem seria a ponto de ficar dizendo a ele que não queria ficar porque iria parecer que eu estava forçando uma resposta dele. Nunca fiz isso com a governadora Wilma, com quem tenho relacionamento de total franqueza, imagine com Iberê. Lembro de ter comentado com ele, de ter dado sugestões sempre bem intencionadas para quando ele assumisse. Tínhamos um relacionamento legal, brincávamos muito, de uns tempos pra cá, ele esfriou pro meu lado, ele e alguns dos seus mais presentes seguidores. E foram sendo plantadas notícias sobre a minha saída. Aí ele próprio vai a uma rádio em Caicó e confirma que eu vou sair. Nem precisava. Eu já sentia que não haveria clima pra mim. Já havia decidido sair com a governadora, por uma questão de lealdade a ela, que foi quem me nomeou. E também porque é ridículo ficar implorando pra continuar em cargo de confiança. Que é passageiro e muita gente acha que não. Eu mereço a confiança de Wilma, o que muito me orgulha.
Thaisa - Sua saída do governo significa um rompimento com o futuro governador?
Rubinho
- Eu não sou político pra romper com ninguém, nem tenho importância para romper com ninguém. E que preocupação eu causaria a um Governador de Estado? Essa é pra rir.
Thaisa - Qual será sua contribuição para a campanha de Iberê?
Rubinho
- Na entrevista que deu em Caicó, o vive-governador disse que achava que eu iria pra campanha de Wilma. Tá lá, reproduzido no blog do Marcos Dantas. Eu tenho pela governadora Wilma uma afeição total. E acho que ela mesma tem interesse em que eu trabalhe na sua campanha. Ficarei só na campanha dela, até para não atrapalhar a outra campanha, que certamente virá com pessoas muito mais competentes que eu.
Thaisa - Você então acompanhará a governadora Wilma de Faria, na campanha por uma vaga no Senado.
Rubinho - Em 2002, minha vida deu uma guinada. Eu estava desempregado e em dificuldades. Pelas mãos de Alexandre Macedo e Adriano de Sousa, fui trabalhar com uma mulher que não me conhecia de perto e me deu confiança, me deu motivação. Fizemos uma campanha histórica. Éramos poucos. O próprio vice-governador não estava, chegou no segundo turno. Ele e uma ruma. E esta mulher me levou à sua equipe na qual permaneço porque acredito nela, sou amigo dela, minha família inteira agradece a ela. Vou trabalhar e muito por Wilma. Minha meta em 2010 é vê-la senadora eleita.
Thaisa - Como você avalia essa campanha onde está cada vez mais evidente que os eleitores escolhem nomes, e não partidos, e não grupos políticos?
Rubinho
- A campanha será muito difícil. Não tem essa de já ganhou. O Rio Grande do Norte não é um campo de campanha fácil. O que eu vejo é que existem duas lideranças populares muito fortes, Wilma e Garibaldi, José Agripino também é forte, boa briga no Senado. Para o governo, Rosalba hoje está na frente. Mas Garibaldi também esteve na frente, Fernando Bezerra esteve na frente e não ganharam. Pelo que estão dizendo que vai fazer quando governador, O Doutor Iberê pode muito bem engrossar a parada.
Thaisa - Você acha possível o voto casado Rosalba-Wilma?
Rubinho
- Plenamente, é impossível controlar esse tipo de voto. Como poderá ter voto Iberê e Agripino, por exemplo. Acho que muito eleitor de Rosalba vota em Wilma e muito eleitor de Wilma também poderá votar em Rosalba. O voto cruzado vai ser intenso.
Thaisa - Você tem planos para voltar às redações?
Rubinho
- Meus planos passam pela campanha de Wilma ao Senado. Farei a campanha dela e estou confiante em sua vitória. Depois, vejo o que vou fazer. Vou precisar trabalhar porque tenho família pra sustentar. Tenho um livro pra escrever: Clássico Rei, a História de ABC x América. Pretendo seguir no caminho da assessoria de imprensa.

Publicado no Blog de Thaisa Galvão