segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Mapa da corrupção já computa mais de 120 mil casos de improbidade 

PUBLICAÇÃO: 12.12.2011

Quando o Mapa da Corrupção Brasileira foi criado, há seis meses, pela editora de imagens Raquel Diniz, nem ela acreditava muito que a ferramenta fosse despertar a atenção de tantos internautas. Quando o aplicativo foi lançado no Google Maps, ele contava apenas com 20 casos de corrupção publicados e, hoje, já são mais de 120 mil acessos e 200 registros de desvio de conduta daqueles que vivem da vida pública de Norte a Sul do nosso país. Todos os casos são devidamente alimentados no mapa por internautas, o que pode significar que os políticos brasileiros não terão vida fácil nas eleições municipais do ano que vem. 

No balanço geral do Mapa da Corrupção no Brasil, os principais partidos do país têm cadeira cativa. Do PT, partido do governo, ao PSDB e DEM, da oposição, passando por PMDB, PR e PSB, estão todos lá, no rastro das fraudes cometidas por seus filiados e sob os olhar cada vez mais atento da população, que amplia o site com os casos de corrupção mais importantes da semana. E novos episódios se eternizam na internet. 

“Pela primeira vez na história do Brasil estamos vendo políticos do primeiro escalão caírem por conta de escândalos de corrupção. Em menos de um ano de governo, já foram sete ministros que deixaram seus cargos, sendo que seis por suspeitas de corrupção. Antes, era muito difícil cair alguém”, diz Raquel, que revela ainda que os campeões de denúncias são o ex-ministro Antonio Palocci, o primeiro a deixar o governo Dilma e o deputado federal Anthony Garotinho (PR-RJ). 

Os internautas que alimentam o mapa não querem deixar apagar da memória dos eleitores, por exemplo, que em agosto de 2010, Garotinho foi condenado pela 4ª Vara Federal Criminal a dois anos e seis meses de reclusão em processo sobre atuação de uma quadrilha que usava a estrutura da Polícia Civil para cometer uma série de crimes e facilitar negócios para o jogo do bicho. 

Quanto a Palocci, o mapa traz detalhes do caso da licitação de cestas básicas, na prefeitura de Ribeirão Preto, da história da violação do sigilo bancário do caseiro Francenildo dos Santos Costa e, mais recentemente, a multiplicação de seu patrimônio por 20 em quatro anos, o que provocou a saída dele do governo Dilma.

POSTADO POR ROBSON PIRES