BRASÍLIA
Agripino é reconduzido e DEM fala em candidato próprio em 2014
PUBLICAÇÃO: 06.12.2011
Em uma convenção discreta, o DEM confirmou nesta terça-feira o senador José Agripino (RN) na presidência da legenda. No evento, líderes falaram em candidatura própria à Presidência em 2014.
Um dos nomes colocados como possível presidenciável é do líder do DEM no Senado, Demóstenes Torres (GO). Ao discursar aos correligionários, ele abordou temas nacionais, como escola em tempo integral, sinalizando sua disposição de participar da disputa e cobrou que o partido marque posição.
"Vou lembrar frase do Ronaldo Caiado [deputado] que disse 'que é melhor ser cabeça de cachorro do que ser rabo de leão'. Temos que nos preparar para ter candidato à Presidência da República em 2014".
Agripino, que fica no comando do partido até 2014, reconhece que há uma pressão da base para que o partido tenha candidato ao Planalto, mas adota um discurso cauteloso. Segundo ele, a ideia não está consolidada. "É normal almejar candidato", minimizou após ter declarado na convecção que "se deus quiser, teremos candidato".
Agripino Maia (na ponta da mesa) cumprimenta correligionários na reunião em que
foi eleito presidente do DEM
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Questionado se o PSDB lançar o senador Aécio Neves (MG) para concorrer ao Planalto, mudaria o cenário, o presidente do DEM disse que a prioridade é a estratégia interna. "Ninguém lançou candidato". E completou: "O diálogo mais próximo, sim, com PSDB, compulsório, não!".
O partido descarta aliança com PSD, do prefeito Gilberto Kassab e responsável por um enxurrada de desfiliações da legenda, e PT. Agripino disse que há um forte trabalho da legenda para crescer nas eleições municipais.
Para Agripino as eleições municipais vão reerguer o partido. "Não podemos nos curvar. Temos que resistir e sobreviver em nome dos nossos ideais. Em 2012, vamos sair melhores. Vamos voltar melhor do que antes do ataque que sofremos".
A escolha do senador para a presidência era uma das condições impostas pelo Kassab para permanecer na sigla, mas não foi suficiente para mantê-lo no partido. O prefeito deixou o DEM e fundou o PSD.
Também não faltaram críticas ao governo Dilma Rousseff pela queda de seis ministros envolvidos em denúncias de irregularidades, pelo tamanho da máquina pública, com o primeiro escalão com 37 integrantes, além da baixa execução de programas, como o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).
POSTADO PELA FOLHA.COM / CATEGORIA PODER