segunda-feira, 22 de agosto de 2011


Rumo à privatização: Leilão do Aeroporto de São Gonçalo do Amarante começará às 10h

PUBLICAÇÃO: 22.08.2011
Terá início logo mais às 10h o leilão do Aeroporto de São Gonçalo do Amarante, um dos principais projetos de infraestrutura do Rio Grande do Norte e o primeiro do setor aeroportuário a ser concedido no Brasil. A expectativa é que, nas mãos da iniciativa privada, o empreendimento – cujas obras se arrastam há mais de 10 anos – ganhe fôlego.
Aeroporto será concedido à iniciativa privada dada a declarada impossibilidade do poder público de construí-lo por conta própria
Três empresas – Triunfo Participações e Investimentos, MPE e Engevix – disputam a concessão do projeto. A vencedora ganhará o direito de terminar de construí-lo e de administrá-lo por 25 anos, prorrogáveis por mais cinco.
Muito especula-se que o aeroporto não estará de pé até a Copa. Mas, para investidores, é possível terminar antes do mundial de futebol, em 2014.Seria um meio de aproveitar o movimento aquecido pelo evento.
Para que isso aconteça, entretanto, não pode haver entraves no processo licitatório. Ocorre que o leilão será realizado hoje, mas, depois de batido o martelo, outras etapas virão. Haverá fases ainda como a análise dos documentos da vencedora e prazo para recurso. A previsão é que o contrato com a empresa vencedora seja assinado em 21 de novembro. Se não houver embates judiciais por parte dos concorrentes ou algum excesso de burocracia.
Prejudicado pelo anúncio de outras concessões no país – em aeroportos de São Paulo e  Brasília – São Gonçalo do Amarante acabou coadjuvante na corrida do governo pelas privatizações. Grandes grupos internacionais que chegaram a cogitar participação no projeto desistiram de olho em terminais já em operação, em praças de grande movimentação de cargas e passageiros e, portanto, mais apetitosas e menos “arriscadas” que um negócio que nem sequer saiu por completo do papel.
A própria Anac admite que o fato de tererem aperecido mais três aeroportos para concessão, no fim do ano, dividiu as atenções. Alegando, entre outros motivos, baixa rentabilidade e regras desvantajosas para a  disputa pelo empreendimento potiguar, os gigantes tiraram o time de campo. Se isso terá algum reflexo negativo, ainda é cedo para analisar.
O que importa hoje, na verdade, é que o bater do martelo signifique, de fato, o virar de uma página para o Rio Grande do Norte. Que o vencedor gere muitos empregos, tenha habilidade para atrair negócios para o empreendimento, cargas e mais voos, que administre tendo como premissa básica o respeito ao consumidor e que faça desse gigante um marco para o Rio Grande do Norte. Um trampolim para o desenvolvimento.
*Em tempo, a repórter da TRIBUNA DO NORTE, Andrielle Mendes, acompanha o leilão na BM&FBovespa, em São Paulo,e trará todos os detalhes em flashs a qualquer instante, e também na edição de amanhã.
FONTE: TRIBUNA DO NORTE