Esquema desviou R$ 4 milhões do IPEM, diz TCU
Ex-diretor do órgão, Rychardson Macedo foi preso na manhã de hoje por peculato e lavagem de dinheiro.
PUBLICAÇÃO: 12.09.2011
RYCHARDSON MACEDO DIRETOR DO IPEM |
Na manhã desta segunda-feira
(12), o ex-diretor do órgão, Rychardson Macedo, foi preso em operação
articulada pelo Ministério Público Estadual e a Polícia Militar, acusado de
peculato e levagem de dinheiro.
De acordo com o relatório, fruto
de auditoria do Inmetro, a fraude que culminou no desviou de R$ 4 milhões
aconteceu através de dispensa irregular de licitação, sob o argumento de emergência,
para a reforma do prédio.
Além disso, a ampliação do setor
de taxímetro do IPEM foi autorizada pelo próprio órgão em caráter de
emergência, mesmo que os aparelhos não estivessem sequer com previsão para
entrar em funcionamento.
Na expansão do prédio, o
relatório aponta que não foi elaborado projeto básico e, como consequência,
"a obra foi realizada com significativas distorções nas quantidades e qualidade
de materiais empregados".
Também não foi exigida
habilitação técnica dos licitantes na execucção de empresa de vigilância para construir
a edificação, uma vez que as empresas não apresentaram registros dos seus
responsáveis no CREA.
Executada sem contrato, a obra,
aponta o relatório, não contemplou projetos estruturais de instalações
elétricas, lógica, telefonia e instalações hidrossanitárias, descumprindo
normas do CREA.
Em razão disso, "Foram
constatados erros grosseiros na construção: pilar executado no centro da sala,
ambiente de trabalho sem ventilação adequada, quantidade de iluminarias
insuficiente, instalações elétricas fora das normas da ABNT, baixa qualidade do
material empregado, pisos fora de esquadro, paredes de alvenaria sem
revestimento externo e serviços mal arrematados e sem conclusão".
Um dos exemplos citados no
relatório aponta que um serviço, avaliado, em R$ 50.746,44, foram pagos por R$
142.835,26, um superfaturamenteo superior a 180%, aponta o relatório. No setor
de taxímetro, o sobreço atingiu 200%. Quando a auditoria chegou ao IPEM, o
prédio havia sido esvaziado.
Instado a se manifestar,
Rychardson explicou que as licitações foram em caráter de emergência em face
das chuvas terem prejudicado algumas salas. A justificativa não convenceu a
Secex.
FONTE: NOMINUTO.COM