sexta-feira, 9 de setembro de 2011



Chefe da CGU rebate críticas a auditoria no Transportes

MINISTRO CHEFE DA CGU - CONTROLADORIA GERAL DA UNIÃO DR JORGE HAGE

PUBLICAÇÃO: 09.09.2011
O ministro-chefe da CGU (Controladoria-Geral da União), Jorge Hage, divulgou uma nota para rebater as críticas feitas a auditoria feita em contratos do Ministério dos Transportes.
Ontem, a CGU divulgou ter constatado 66 irregularidades em 17 processos analisados no ministério em auditoria realizada após as denúncias contra o órgão em julho deste ano, que levaram à queda do ex-ministro Alfredo Nascimento, hoje senador pelo PR.


Editais de licitação para Transportes serão aprimorados, diz ministroCGU aponta prejuízo de R$ 682 mi no Ministério dos Transportes

O trabalho apontou prejuízo potencial de R$ 682 milhões, em um total de R$ 5,1 bilhões fiscalizados.
Hage sugere a leitura da nota divulgada ontem "diante de reações de alguns setores, que reclamaram da não individualização de responsáveis por irregularidades apontadas no relatório".
Segundo o ministro, a nota "explica, pedagogicamente, a diferença entre o trabalho de auditoria, já concluído e divulgado ontem, e as sindicâncias e processos disciplinares condenatórios que estão em andamento na corregedoria da CGU".
Ele afirma que na corregedoria tramitam nove processos envolvendo 31 ex-funcionários dos Transportes, Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) e Valec (estatal de ferrovias).
"É o caso de perguntar se gostariam que a CGU suprimisse o direito de defesa dos acusados, pois é exatamente isso que estamos preservando, ao não individualizar antecipadamente as responsabilidades", disse Hage.
"Se apontássemos responsáveis antes de ouvir um por um, em processos disciplinares específicos, essas mesmas pessoas iriam gritar, e aí com razão", afirmou.
Em nota divulgada ontem, Nascimento disse que as conclusões apresentadas pela CGU não esclarecem o suposto envolvimento de integrantes da equipe que ele liderou na pasta.
O senador diz aguardar e manter "sua determinação de ver as suspeitas veiculadas pela imprensa, sem a apresentação de provas, esclarecidas de modo cabal pelos órgãos de investigação."
FONTE: FOLHA.COM