Artesã de técnica requintada e da mais alta sensibilidade, Luiza Dantas de Araujo nasceu em Morro Velho, município de São Vicente, RN, em 1943.
De origem simples, sem instrução, Luzia começou a esculpir em madeira desde criança. E quando recebeu sua primeira encomenda, não parou mais. Desde jovem foi morar em Currais Novos, região do Seridó, de onde nunca saiu. O que sai dos limites onde vive são os seus trabalhos: já participou de dezenas de exposições individuais e coletivas no RN e pelo Brasil e tem peças em acervos nacionais e internacionais.
Luzia Dantas faz suas esculturas com a madeira umburana, árvore típica da região nordestina extraída da caatinga da região do Seridó. São obras de arte que retratam tipos populares, casas de farinha, conjunto de retirantes da seca nordestina, carros de boi e imagens sacras, preferencialmente Santana, São Francisco, Santa Luzia.
O saudoso poeta Luiz Carlos Guimarães, seridoense com Luzia e colecionador apaixonado de suas linguagens sacras, diz: “Há um halo visível nos santos de madeira que ele constrói com a delicadeza de suas mãos, com a pureza de sua alma. Luzia Dantas é a mais inspirada artesã do Rio Grande do Norte, se não do país.”
Sobrevive da sua arte. À medida que os anos passam, mais chegam encomendas a seu atelier modesto, a ponto de Luzia Dantas não da conta dos pedidos. Estabelece prazos de até trinta dias para atender os clientes de todo o país.
O Professor de história da Arte da UFRN, Antônio Marques, assim discorre sobre seu estilo: Quando alude a temas do cotidiano nordestino, como vaquejadas, casas de farinha, retirantes, seu estilo é fundamentalmente realista. Contudo, quando trabalha a madeira, “em função das imagens sacras, seu estilo é fundamentalmente barroco”. O critico de Arte e artista plástico Iaperi Araujo já observou que Luiza Dantas, à maneira de alguns grandes mestres (que ela jamais conheceu), costuma colocar nos santos que esculpe o rosto de parentes, amigos, vizinhos. Segundo Iaperi Araujo, “Luzia Dantas grava inconscientemente a figura dos Alves do município de São Vicente, por ter convivido quase toda sua vida, quase parede–meia com essa família”.
Aos 67 anos, Luzia Dantas continua, a partir da madeira bruta, cinzelando seus tipos populares, seus cenários nordestinos seus santos iluminados pela Arte mais pura.
Ela é um ícone da cultura do município de São Vicente e por não dizer do Brasil.
São Vicente, 04 de julho de 2010.
"A MULHER POTIGUAR"
CINCO SECULOS DE PRESENÇA
Blog Quixabeira News
*Zil.Manxa
De origem simples, sem instrução, Luzia começou a esculpir em madeira desde criança. E quando recebeu sua primeira encomenda, não parou mais. Desde jovem foi morar em Currais Novos, região do Seridó, de onde nunca saiu. O que sai dos limites onde vive são os seus trabalhos: já participou de dezenas de exposições individuais e coletivas no RN e pelo Brasil e tem peças em acervos nacionais e internacionais.
Luzia Dantas faz suas esculturas com a madeira umburana, árvore típica da região nordestina extraída da caatinga da região do Seridó. São obras de arte que retratam tipos populares, casas de farinha, conjunto de retirantes da seca nordestina, carros de boi e imagens sacras, preferencialmente Santana, São Francisco, Santa Luzia.
O saudoso poeta Luiz Carlos Guimarães, seridoense com Luzia e colecionador apaixonado de suas linguagens sacras, diz: “Há um halo visível nos santos de madeira que ele constrói com a delicadeza de suas mãos, com a pureza de sua alma. Luzia Dantas é a mais inspirada artesã do Rio Grande do Norte, se não do país.”
Sobrevive da sua arte. À medida que os anos passam, mais chegam encomendas a seu atelier modesto, a ponto de Luzia Dantas não da conta dos pedidos. Estabelece prazos de até trinta dias para atender os clientes de todo o país.
O Professor de história da Arte da UFRN, Antônio Marques, assim discorre sobre seu estilo: Quando alude a temas do cotidiano nordestino, como vaquejadas, casas de farinha, retirantes, seu estilo é fundamentalmente realista. Contudo, quando trabalha a madeira, “em função das imagens sacras, seu estilo é fundamentalmente barroco”. O critico de Arte e artista plástico Iaperi Araujo já observou que Luiza Dantas, à maneira de alguns grandes mestres (que ela jamais conheceu), costuma colocar nos santos que esculpe o rosto de parentes, amigos, vizinhos. Segundo Iaperi Araujo, “Luzia Dantas grava inconscientemente a figura dos Alves do município de São Vicente, por ter convivido quase toda sua vida, quase parede–meia com essa família”.
Aos 67 anos, Luzia Dantas continua, a partir da madeira bruta, cinzelando seus tipos populares, seus cenários nordestinos seus santos iluminados pela Arte mais pura.
Ela é um ícone da cultura do município de São Vicente e por não dizer do Brasil.
São Vicente, 04 de julho de 2010.
"A MULHER POTIGUAR"
CINCO SECULOS DE PRESENÇA
Blog Quixabeira News
*Zil.Manxa