Site desafia ‘fichas limpas’ a prestar contas de campanha
Publicação: 29.7.2010
São Paulo (AE) - Os políticos que se dizem “fichas limpas” ganharam uma oportunidade a mais para dar transparência às suas campanhas eleitorais neste ano. O Instituto Ethos lançou ontem o site Ficha Limpa (www.fichalimpa.org.br e www.fichalimpaja.org.br), que propõe aos candidatos a prestação de contas voluntária de suas campanhas, com informações semanais da origem e do montante de recursos obtidos, bem como o de gastos realizados. Assim, os políticos poderiam se antecipar à legislação eleitoral, que divulga a prestação de contas trinta dias após o término do pleito.
O site começa a funcionar hoje e as informações dos candidatos cadastrados de todos os Estados e do Distrito Federal estarão disponíveis para qualquer internauta consultar. Há um sistema de busca que pode combinar filtros como nome, número de inscrição no Tribunal Regional Eleitoral (TRE), idade, gênero, cor/etnia, cargo a que concorre, Estado e partido. O site aceita cadastramento de candidatos que disputam todos os cargos dessa eleição, exceto o de deputado estadual.
O site também permitirá ao internauta questionar o teor das informações dos candidatos registrados a partir da apresentação de documentos comprobatórios. As possíveis denúncias serão recebidas pelo administrador do site e encaminhadas aos tribunais estaduais e ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), segundo informações divulgadas ontem pelos representantes do Instituto Ethos.
Os candidatos podem, então, ser incluídos numa lista de “rejeitados” em quatro situações: se a Justiça Eleitoral recusar seu registro de candidatura; se houver alguma condenação por órgão colegiado; se ele já tiver renunciado para evitar cassação e no caso do candidato não cumprir a prestação de contas semanal exigida pelo site.
“Sem um controle social democrático, a Lei Ficha Limpa pode acabar no esquecimento como tantas outras boas legislações no Brasil”, avaliou ontem o presidente do Instituto Ethos, Oded Grajew. “Por isso, é importante que o eleitor cobre de seu candidato o registro no site Ficha Limpa, acompanhe as informações e mobilize outras pessoas a fazer o mesmo em relação aos demais candidatos”, destacou o presidente do Instituto.
Questionado sobre o interesse dos candidatos na eleição de outubro em se cadastrar voluntariamente no site para prestação de contas das receitas e despesas ao longo da campanha, Oded Grajew disse acreditar que essa atitude ocorrerá apenas com os candidatos que tiverem, de fato, a ficha limpa.
“Quem fizer uma declaração de contas não verdadeira no site é louco. A sociedade vai fazer a fiscalização e com certeza os adversários políticos também”, destacou o presidente do Instituto Ethos. Ele acrescentou que um aspecto importante do sistema que estará disponível no site é que a verificação da autenticidade das informações prestadas pelos candidatos poderá ser feita por qualquer pessoa.
A partir de ontem, o Instituto Ethos vai enviar uma carta aos partidos sobre o lançamento do projeto. Entidades, como o Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE) e a Articulação Brasileira contra a Corrupção e Impunidade (Abracci), fazem parte do projeto. O site custou cerca de R$ 30 mil e teve apoio de recursos do Escritório da Organização das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC).
O site começa a funcionar hoje e as informações dos candidatos cadastrados de todos os Estados e do Distrito Federal estarão disponíveis para qualquer internauta consultar. Há um sistema de busca que pode combinar filtros como nome, número de inscrição no Tribunal Regional Eleitoral (TRE), idade, gênero, cor/etnia, cargo a que concorre, Estado e partido. O site aceita cadastramento de candidatos que disputam todos os cargos dessa eleição, exceto o de deputado estadual.
O site também permitirá ao internauta questionar o teor das informações dos candidatos registrados a partir da apresentação de documentos comprobatórios. As possíveis denúncias serão recebidas pelo administrador do site e encaminhadas aos tribunais estaduais e ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), segundo informações divulgadas ontem pelos representantes do Instituto Ethos.
Os candidatos podem, então, ser incluídos numa lista de “rejeitados” em quatro situações: se a Justiça Eleitoral recusar seu registro de candidatura; se houver alguma condenação por órgão colegiado; se ele já tiver renunciado para evitar cassação e no caso do candidato não cumprir a prestação de contas semanal exigida pelo site.
“Sem um controle social democrático, a Lei Ficha Limpa pode acabar no esquecimento como tantas outras boas legislações no Brasil”, avaliou ontem o presidente do Instituto Ethos, Oded Grajew. “Por isso, é importante que o eleitor cobre de seu candidato o registro no site Ficha Limpa, acompanhe as informações e mobilize outras pessoas a fazer o mesmo em relação aos demais candidatos”, destacou o presidente do Instituto.
Questionado sobre o interesse dos candidatos na eleição de outubro em se cadastrar voluntariamente no site para prestação de contas das receitas e despesas ao longo da campanha, Oded Grajew disse acreditar que essa atitude ocorrerá apenas com os candidatos que tiverem, de fato, a ficha limpa.
“Quem fizer uma declaração de contas não verdadeira no site é louco. A sociedade vai fazer a fiscalização e com certeza os adversários políticos também”, destacou o presidente do Instituto Ethos. Ele acrescentou que um aspecto importante do sistema que estará disponível no site é que a verificação da autenticidade das informações prestadas pelos candidatos poderá ser feita por qualquer pessoa.
A partir de ontem, o Instituto Ethos vai enviar uma carta aos partidos sobre o lançamento do projeto. Entidades, como o Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE) e a Articulação Brasileira contra a Corrupção e Impunidade (Abracci), fazem parte do projeto. O site custou cerca de R$ 30 mil e teve apoio de recursos do Escritório da Organização das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC).