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Para quem pensava que a sessão da Câmara Municipal de Florânia, seria tumultuada, enganou-se. Pelo menos por parte da platéia. Já os vereadores bateram boca. Com o plenário lotado, o projeto de lei autorizando o nepotismo em programas financiados com recursos federais na Prefeitura Municipal, foi rejeitado por cinco votos a quatro. A bancada de oposição, que tem maioria no Poder Legislativo, votou contrária a proposta, que era defendida pela vereadora Márcia Nobre (DEM), esposa do ex-prefeito Titi Nobre (PR), médico do PSF local, que seria um dos beneficiados.
Nas discussões, Márcia Nobre (foto) foi a parlamentar que mais defendeu a proposta, lembrando que o esposo-médico atende ao povo em todas as horas e até chegou a dizer que não existia lei proibindo nepotismo no Brasil. "Não existe lei proibindo nepotismo. Existe uma súmula vinculante N° 13", citou. O vereador Paulo Nobre (PMDB), contrário a proposta rebateu a esposa do médico e disse que o Ministério Público antecipou em reunião com os vereadores que chegaria a colocar uma ação contra a Câmara, caso fosse aprovado o projeto de Márcia. O vereador da oposição ainda lembrou que a Prefeitura fará um concurso público e o médico Titi Nobre poderia fazer e ficar legalizado no quadro funcional.
Antes da votação do projeto, houve bate-boca entre Márcia Nobre, Paulo Nobre e João Maria. Depois de trocas de críticas, Márcia demonstrando inconformismo com o resultado da votação, chegou a tomar o microfone das mãos de João Maria e foi reprimida pela presidência da Casa, que mandou constar em ata o fato, onde denominou de "quebra de decoro".
