sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

O PMDB é um barril de pólvora

Renata Lo Prete, Folha de S. Paulo

PUBLICAÇÃO: 24.12.2010
Encerrado o loteamento ministerial, são muitos os aliados insatisfeitos, porém nenhum mais do que o PMDB.

Em privado, seus principais caciques notam que outras siglas viram frustrado o desejo de se expandir, mas só o PMDB perdeu espaço na Esplanada.

Entre os alvos de recriminação está o presidente do partido, Michel Temer.

No entender de correligionários, o vice de Dilma Rousseff negociou mal ao priorizar o objetivo de "ficar bem com ela", além de ter sido atropelado pelo QG da transição, que empurrou-lhe um prato feito.
Segundo um peemedebista graúdo, não há o que fazer no momento: "Ajoelhou, tem que rezar."

E quando virá o troco?

"Na primeira crise."

Na lista de queixas do PMDB, o item Ministério da Saúde está circulado em vermelho.
Dilma havia pedido que o partido cedesse a pasta de modo a instalar ali um técnico e/ou grande nome da área. E o escolhido acabou sendo Alexandre Padilha.

Médico, por certo, mas fundamentalmente um quadro do aparelho petista.
FONTE FOLHA DE SÃO PAULO / SP.