Lula decide retirar Receita Federal das investigações
PUBLICAÇÃO: 03.09.2010
Brasília (AE) – Em vez de demitir o secretário da Receita Federal Otacílio Cartaxo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ordenou ontem ao ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto, que a Polícia Federal assuma integralmente a investigação das violações de sigilos fiscais dos políticos e familiares de tucanos aliados do candidato ao Planalto José Serra (PSDB). A Receita fica só com o processo disciplinar dos seus funcionários.
O acirramento da disputa eleitoral e judicial entre PT e PSDB adiou a exoneração de Cartaxo. Os assessores da Presidência avaliam que a candidata Dilma Rousseff (PT) está enfrentando um “golpe eleitoral” e que este não é o momento de oferecer a cabeça de Cartaxo aos tucanos. A decisão de concentrar a investigação na PF parte do princípio de que a instituição policial tem mais credibilidade para fazer esse trabalho. Também tira o foco da suspeição de cima da Receita.
No Planalto, Ministério da Fazenda e entre as lideranças da base aliada no Congresso, a avaliação é que a Receita fez o governo passar vergonha ao tratar uma procuração falsa como documento que provaria que o acesso às declarações de Imposto de Renda de 2008 e 2009 de Verônica Serra não foi uma violação de sigilo fiscal. O presidente Lula, o ministro Guido Mantega (Fazenda) e o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB) apregoaram ao longo de toda a quarta-feira que a Receita tinha um documento que “explicaria tudo”.
A reportagem do jornal O Estado de S. Paulo mostrou, na edição de ontem, que a Receita tinha indícios suficientes para suspeitar da procuração, em vez de apresentá-la como uma documento verdadeiro. E que, mesmo tendo informações da Comissão de Sindicância apontando para a suspeita, montou uma operação para abafar o escândalo e evitar impacto político na campanha de Dilma.
Na quarta-feria à noite e na manhã de ontem, integrantes do primeiro escalão do ministério e da assessoria do Planalto chegaram a discutir a necessidade de demissão do secretário Cartaxo. O governo sabe que a Receita Federal é palco de uma guerra de grupos, admite que o órgão passou por um aparelhamento político a partir da gestão de Lina Vieira (2008/2009), mas decidiu que não vai demiti-lo agora por causa da campanha.
O acirramento da disputa eleitoral e judicial entre PT e PSDB adiou a exoneração de Cartaxo. Os assessores da Presidência avaliam que a candidata Dilma Rousseff (PT) está enfrentando um “golpe eleitoral” e que este não é o momento de oferecer a cabeça de Cartaxo aos tucanos. A decisão de concentrar a investigação na PF parte do princípio de que a instituição policial tem mais credibilidade para fazer esse trabalho. Também tira o foco da suspeição de cima da Receita.
No Planalto, Ministério da Fazenda e entre as lideranças da base aliada no Congresso, a avaliação é que a Receita fez o governo passar vergonha ao tratar uma procuração falsa como documento que provaria que o acesso às declarações de Imposto de Renda de 2008 e 2009 de Verônica Serra não foi uma violação de sigilo fiscal. O presidente Lula, o ministro Guido Mantega (Fazenda) e o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB) apregoaram ao longo de toda a quarta-feira que a Receita tinha um documento que “explicaria tudo”.
A reportagem do jornal O Estado de S. Paulo mostrou, na edição de ontem, que a Receita tinha indícios suficientes para suspeitar da procuração, em vez de apresentá-la como uma documento verdadeiro. E que, mesmo tendo informações da Comissão de Sindicância apontando para a suspeita, montou uma operação para abafar o escândalo e evitar impacto político na campanha de Dilma.
Na quarta-feria à noite e na manhã de ontem, integrantes do primeiro escalão do ministério e da assessoria do Planalto chegaram a discutir a necessidade de demissão do secretário Cartaxo. O governo sabe que a Receita Federal é palco de uma guerra de grupos, admite que o órgão passou por um aparelhamento político a partir da gestão de Lina Vieira (2008/2009), mas decidiu que não vai demiti-lo agora por causa da campanha.
FONTE: TRIBUNA DO NORTE