Jornalista diz que relatório sobre Serra foi furtado
Publicação:20.10.2010 
Em depoimento à Polícia Federal, o jornalista Amaury Ribeiro Júnior  disse que dados fiscais obtidos por ele sobre familiares e pessoas  ligadas ao candidato a presidente José Serra (PSDB) foram retirados  de seu computador portátil. O laptop estava dentro de um apartamento de  uma pessoa ligada à pré-campanha da candidata Dilma Rousseff (PT).
As informações foram prestadas na tarde desta quarta-feira (20) pelo  delegado Alessandro Moretti, que sintetizou as principais afirmações de  Amaury à PF.
De acordo com a PF, Amaury recebeu os dados fiscais da filha de  Serra, Verônica Serra, de seu marido, Alexandre Burgeois, e de tucanos  em 8 de outubro de 2009. A polícia sustenta que o despachante Dirceu  Garcia entregou os papéis ao jornalista pessoalmente em São Paulo.
Amaury trabalhava à época para o jornal Estado de Minas. De  acordo com seu depoimento, o jornal, que bancou as despesas para a  apuração jornalística,  acabou não publicando reportagens a partir de  suas investigações. Por isso, antes de sair do veículo de comunicação,  Amaury entregou um relatório completo de seu trabalho e guardou uma  cópia em seu computador portátil.
Em abril de 2010, Amaury conta ter sido convidado pelo jornalista  Luiz Lanzetta, que trabalhava para a pré-campanha de Dilma, para  integrar um grupo de informações de inteligência. No depoimento à PF,  ele diz ter negado a proposta.
Mesmo assim, Amaury participou de duas reuniões com Lanzetta em Brasília e com o delegado Onésimo de Souza.
Na oitiva à polícia, o jornalista afirma que esteve hospedado em  Brasília num apartamento de alguém ligado ao PT. E, nessa residência,  houve a subtração das informações.
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